. As linhas de Nazca começaram a ser conhecidas, quando as pessoas começaram a viajar de avião sobre a área por volta de 1920, e viram esses estranhos desenhos gravados no chão. Até então, era impossível apreciar as suas formas e a sua dimensão desde o chão, devido ao seu colossal tamanho. As linhas de Nazca são um conjunto de desenhos antigos localizados no deserto de Nazca, no sul do Peru. O alto planalto árido estende-se por mais de 80km entre as cidades de Nazca e Palpa nos Pampas de Jumana, a cerca de 400km ao sul de Lima. Os arqueólogos, etnólogos e antropólogos têm vindo a estudar ao longo dos anos a antiga e complexa civilização, para tentar determinar o propósito das linhas e figuras. Embora algumas figuras lembrem a cultura de Paracas, os estudiosos acreditam que as linhas foram criadas pela civilização de Nazca entre 400 e 650 D.C. Nomeadas como património mundial pela UNESCO em 1994, as centenas de figuras variam em complexidade. Vão desde simples linhas e figuras geométricas até animais estilizados como: um macaco, uma aranha, aves, lagartos e até uma figura humanoide. Os maiores têm mais de 200 metros. . Imagem captada por satélite.
. linhas que lembram pistas de aterragem.
. Figura humanoide.
. Uma aranha minuciosamente desenhada.
. Mas qual o seu significado e para que efeito foram produzidas?
. Os estudiosos divergem na sua interpretação. Devido ao seu tamanho e perfeição, que só pode ser apreciado a centenas de metros de altitude, alguns especulam que teriam sido visitantes de outros planetas que criaram ou dirigiram o projecto. Por exemplo, Erich Von Daniken pensa que as linhas de Nazca formam uma espécie de aeroporto, com pistas de aterragem para naves extraterrestres. Mas os desenhos geométricos poderiam representar outras coisas, como o fluxo de água através de sistemas de irrigação, ou gigantes calendários astronómicos. As aranhas pássaros e plantas poderiam ser símbolos de fertilidade. Os pesquisadores Kosok e Reich propõem a teoria relacionada com a astronomia, sustentando que as linhas tinham a intenção de actuar como uma espécie de observatório para apontar para os locais no horizonte onde o Sol e outros corpos celestes nascem ou se põem. Mas Gerald Hawkins eAnthony Aveni, especialistas em arqueoastronomia, concluíram em 1990 que não havia provas suficientes para sustentar tal explicação. Em 1985, o arqueólogo Johan Reinhard publicou dados arqueológicos etnográficos e históricos que demonstram que o culto ás montanhas e outras fontes de água predominaram na região e na economia de Nazca, dos tempos mais antigos aos tempos mais recentes. Ele refere que as linhas e as figuras eram parte das práticas religiosas que envolviam o culto a divindades associadas com a disponibilidade da água.
. Devido ao clima seco e estável do planalto, e ao seu isolamento, a maior parte das figuras ficaram preservadas ao longo dos anos como se pode apreciar neste pequeno documentário.