. Os impressionantes desenvolvimentos tecnológicos da astronomia têm ampliado e superado os nossos limites de observação. Um dos exemplos é a nave Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA), lançada em 19 de Dezembro de 2013, por um foguete Soyuz ST-B a partir de Kourou, na Guiana Francesa. Estacionada no Ponto Lagrange L2, a cerca de 1,5 milhão de quilómetros da Terra, o telescópio está no 14º mês da sua missão de cinco anos e dedica-se á astronomia: a localização e medição precisa de movimentos das estrelas.
Gaia já mapeou mais de um bilião de estrelas da galáxia desde 2014 e o mapa divulgado no passado dia 14 de Setembro pela ESA inclui as posições e níveis de luminosidade de 1,142 bilião de estrelas, além de distâncias e movimento de mais de 2 milhões delas. Com a maior parte da missão ainda pela frente, são esperados volumes de informações ainda maiores, e de acordo com o diretor de ciências da ESA, Álvaro Guiménez: "Gaia está na vanguarda em termos de astrometria, mapeando o céu com precisão inédita".
Um dos grandes objetivos da missão é a produção de um inédito e gigantesco mapa tridimensional da Via Láctea, além de inspirar inúmeras outras pesquisas. Os cientistas afirmam que, conhecendo posições. movimentos e outras características das estrelas, será possível aos pesquisadores estudar a estrutura e a própria história da galáxia. Os dados ainda permitirão investigar o nosso próprio local no Universo, partindo da nossa vizinhança cósmica local, o Sistema Solar, até a escala galáctica e ainda maior, chegando á escala cosmológica.
Gaia é o mais ambicioso esforço para mapear a galáxia já realizado e mesmo diante da enorme quantidade de estrelas observadas e do imenso total que será medido até o final da missão, este chegará somente a cerca de 1% do total de estrelas da Via Láctea. Especula-se que a nossa galáxia, conforme a fonte consultada, seja formada por algo entre 100 a 400 biliões de estrelas.
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